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Só China supera o Brasil no aumento do consumo de leite per capita


Quarta-feira, 15 de maio de 2013 - 09h01

O Brasil perder competitividade no mercado internacional de lácteos, mas está à frente em outro quesito: é um dos países com maior crescimento no consumo per capita desses produtos, de acordo com o relatório Dairy Report 2012 do International Farm Comparison Network, que teve dados compilados pela Leite Brasil.


No período entre 2006 e 2011, o consumo per capita de lácteos no país aumentou 4,2%, atrás apenas da China, onde a demanda cresceu 4,4% no mesmo intervalo. O Dairy Report 2012 analisa 10 tradicionais produtores de leite do mundo. Além do Brasil, são levantados dados dos Estados Unidos, Argentina, Nova Zelândia, Austrália, França, Alemanha, China, Índia e Rússia.


Na Índia e na Austrália, o consumo per capita avançou 3,4% nos mesmos cinco anos. Na Argentina, cresceu 2,4%, mas na Nova Zelândia, França e Estados Unidos houve recuo de 4,5%, 2,2% e 0,3%, respectivamente.


De acordo com o presidente da Leite Brasil, Jorge Rubez, o aumento do poder aquisitivo do brasileiro nos últimos anos explica o incremento no consumo de leite no período entre 2006 e 2011.


Ele observa que, no ano passado, a inflação medida pelo IPCA do IBGE foi de 5,8%, mas os preços do leite e seus derivados subiram abaixo desse índice, "tornando o cenário ainda mais favorável para o consumo" de lácteos. Segundo a Leite Brasil, o consumo estimado em 2012 é de 180 litros per capita de lácteos. "E deve continuar a aumentar porque a tendência é de que a economia continue a crescer", prevê Rubez.


A meta, afirma, é chegar perto, nos próximos cinco anos, do nível de consumo recomendado pelo Guia Alimentar do Ministério da Saúde, que é de 200 litros/habitante ano em equivalente leite.


Para o presidente da Leite Brasil, a queda no consumo em importantes produtores se deve ao aumento dos preços da categoria lácteos no período. Além disso, a partir de 2008, a crise financeira afetou vários países, como os Estados Unidos e os da zona do euro, o que pode também ter prejudicado a demanda.


Fonte: Valor Econômico. 14 de maio de 2013.



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